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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Amor e ódio

















Pode até ser que entre o amor e o ódio
Exista só um ínfimo espaço
Neutro, amorfo, indiferente,
Sem ternura nem mágoa
Sem gritos nem silêncios
Sem passado, sem futuro
Nem sequer presente.

Equilibro-me nesse ponto
Sem alegria nem dor
Sem lágrimas nem risos
Sem vida nem morte
Sem fatalidade nem sorte.

Sobrevivo
Entre a mentira e a verdade
Do que foi e do que poderia
Ter sido.

Entre o amor e o ódio
Nada morreu nem nasceu
Me descobri esse ponto.